Fogueira da vaidade, faísca dos egos, clareira da ação.
É assim que posso relatar uma "entrevista" que aconteceu com um instrutor do BOPE cujo nome eu prefiro resguardar para preservar a fonte.
De férias, como a maioria dos demais, subiu a Serra para ajudar e "fazer o que tem que ser feito, porque as diferentes esferas do poder público não se falam. Ou não querem se falar. Catástrofe é hora de superfaturar as compras. É por isso também que o Brasil não está preparado para desastres e crises: um não fala com o outro e todos querem se dar bem. O que salva são as pessoas comuns, os voluntários que se doam para ajudar as vítimas. E olha que tem gente roubando para revender e até saqueando".
"A gente do BOPE vem e faz o que tem que ser feito, independente de qualquer coisa", disse o integrante do BOPE, ao se referir a um episódio no qual, a paisana, investiu em um vendedor de água que vendia o galão a R$40 e a garrafa a R$15, claramente explorando a situação e a desgraça das pessoas: pediu para encher todo o caminhão que conduzia e na hora de ser cobrado mostrou a insígnia e mandou o malandro oportunista "cobrar do Cabral". Acabara de ocorrer um confisco. Em prol do bem público.
Tal qual ocorreu com um imóvel de um deputado que fora solicitado há 3 dias para ceder o imóvel vazio, uma espécie de galpão, para alojar desabrigados e abrigar donativos: depois de 3 dias os locais serraram, com todo cuidado, as fechaduras e passaram a utilizar algo improdutivo para o bem comum.
E é necessário chegar ao estado de calamidade para pensarmos mais no coletivo do que na propriedade privada.
No meio da paralisia federal-estadual-intermunicipal a defesa civil e o BOPE tentam organizar as ações em Vieira e arredores. Entre em contato com eles para ajudar nesta região.
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