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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ceperj lança curso de Gestão de Riscos e Desastres em Friburgo

Por Ascom Ceperj

A Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) abriu o curso de capacitação de Gestão de Riscos, Emergências e Desastres, para lideranças comunitárias do Córrego Dantas, em Nova Friburgo, na Região Serrana, uma das áreas mais devastadas pelas chuvas de janeiro. Na última segunda-feira (06/06), técnicos do Núcleo Emergencial de Informações e Dados da Ceperj se reuniram com 30 empresários da região, no Hotel Vila Verde. A reunião foi para apresentar o programa do curso, um projeto piloto de auxílio à Defesa Civil, para capacitar lideranças comunitárias para o enfrentamento das situações de emergência e na prevenção de tragédias ambientais.

São 35 vagas para líderes comunitários, que serão indicados por associações de moradores, e funcionários de empresas locais, com a carga horária de 60 horas. As aulas do curso gratuito começam no próximo dia 11, de local a confirmar. A comunidade do Córrego Dantas será a primeira a participar da capacitação, que dá ênfase ainda a noções de sustentabilidade, responsabilidade social, legislação ambiental, à difusão de políticas públicas e proteção civil.

O curso vai preparar lideranças comunitárias para a percepção de áreas de risco, reduzir a vulnerabilidade social, de ações de responsabilidade social e sustentabilidade, de projetos de educação ambiental e a importância de uma gestão integrada de risco, entre comunidade, governo, empresariado, associações, Conselhos Regionais e Organizações Não Governamentais (ONGs).

O coordenador do Núcleo Regional Tecnológico de Nova Friburgo, base de informações e dados da Ceperj no município, Claudio Foly, ressalta algumas medidas que tomadas pela comunidade podem reduzir o risco de novas tragédias.

- O treinamento é para que as lideranças comunitárias tenham a conscientização do modo correto como tratar o lixo, de como preservar rios, córregos, encostas, da importância do reflorestamento e os riscos de construções em áreas inadequadas – comenta Foly.

Uma das intenções do curso é a de inscrever a comunidade no Mapa Brasileiro de Prevenção, da Campanha Cidades Mais Seguras, da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Para o coordenador do Núcleo Regional Tecnológico de Nova Friburgo, Claudio Foly, é fundamental que a cidade participe do debate da próxima Semana Nacional da Redução de Riscos e Desastres.

O Núcleo Regional Tecnológico entrou em operação no dia 25 de fevereiro, tornando-se o responsável por traçar o perfil socioeconômico do município após a tragédia de janeiro. Técnicos do Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas (Ceep), responsável pelo projeto, desde então avaliam os impactos causados pelas chuvas nos âmbitos social, econômico, ambiental, territorial e institucional.

Para medir os estragos das chuvas e auxiliar na elaboração de políticas públicas para reconstrução da área e medidas preventivas, a Ceperj criou uma rede de cruzamento de informações, que usa como base indicadores estatísticos de 2010 e outros mais recentes, atualizados por um banco de dados instalado no município. O Núcleo Emergencial de Informações e Dados de Nova Friburgo funciona na Rua Augusto Cardoso, 62, Centro de Nova Friburgo. Maiores informações pelos telefones: (22) 2527-6280 e 2527-6461.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ceso RJ é tema de matéria no Portal do Voluntário

Confira a matéria sobre o Ceso RJ no Portal do Voluntário e saiba mais sobre o nosso grupo e nossas ações na Região Serrana.

domingo, 1 de maio de 2011

As coisas só mudam quando nós mudamos

Quando se compara a maneira como as autoridade brasileiras e japonesas lidam com o manuseio pós-catástrofe deve-se temer que sejamos eternamente o país do futuro, nunca nos realizando no presente.

Pois o presente brasileiro mais parece de grego: passa tempo, entra ano, sai ano, mudam as pessoas (nem tanto), mas o "jeitinho brasileiro" continua imperando.

Uma breve vistoria na área rural de Nova Friburgo nos revela que nada ou muito pouco foi feito, mais de 3 meses depois da tragédia.

No Japão, estradas, aeroportos, tudo, enfim, está sendo reconstruido a toque de caixa - em muito menos tempo. E, para piorar, aqui os orçamentos liberados quando chegam, pagam projetos superfaturados.

Todo mundo vê, muitos comentam, alguns se manifestam contra, mas ninguém faz nada. A maioria quer mesmo é uma oportunidade de se dar bem ou de se mudar daqui - ou ambos, em alguns casos. Ao invés de se mudar a prática pessoal, usa-se o mau exemplo como álibi - "se eles lá em cima fazem, por que eu aqui não posso fazer". E aguarda-se sempre uma força exterior para resolver nossos próprios problemas.

O fato é que não adianta: temos que encarar nossas mazelas para superá-las.

E temos que ser mais sérios. A começar por nós mesmos - fica mais fácil reivindicar assim.

O bom é que o slogan é perfeito para os heróis da resistência: o brasileiro não desiste nunca - e há de dar jeito em tudo isto para confirmar sua vocação de ser o paraíso terrestre.

Só não podemos nos esquecer de que os corruptos também são brasileiros (ao menos na certidão) e que dificilmente desistirão de nos roubar e lesar a pátria que os pariu.

Mais um motivo para reforçarmos nossa ética e atuação, cientes dos obstáculos, conscientes de nossa força que, convergida, supera tudo.